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Roteiro vídeo divulgação científica UNB Mosquitos e a transmissão de arbovírus

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Elaboração do roteiro para vídeo de divulgação científica da UNB: Mosquitos e a transmissão de arbovírus

Elaboração do roteiro para vídeo de divulgação científica da UNB: Mosquitos e a transmissão de arbovírus

O projeto “Explorando a Interação Vírus/Vetor/Hospedeiro e o Desenvolvimento de Drogas Antivirais como estratégias de Controle de Arboviroses e seu vetor Aedes aegypti”, coordenado por Renato Resende, envolveu 33 pesquisadores, 25 estudantes e seis instituições parceiras. A pesquisa se divide em três subprojetos: estudo da interação dos vírus com vetores e hospedeiros; estudo das respostas imunológicas e inflamatórias e o desenvolvimento de drogas antivirais.

Marketing  Digital e Publicidade para Pesquisadores e Centros de Pesquisas, auxiliando na correta divulgação científica de seus estudos, pesquisas ou ensaios científicos.

A área de pesquisa é um dos mais importantes fomentos para o crescimento de uma nação, e muitas vezes seus resultados, ensaios ou direcionamentos são vistos e conhecidos apenas pela comunidade acadêmica ou científica. Por meio de uma estratégia aderente de markting digital e publicidade, a Agência Carcará, poderá tornar público o trabalho realizado, inclusive abrindo portas para que essas pesquisas ganhem inclusive investimento privado ou mesmo conhecimento por parte dos Governos, para possíveis implementações práticas.

Roteiro elaborado para o referido projeto:

Mosquitos e a transmissão de arbovírus

Você já se perguntou qual é o animal mais mortal para os humanos? Seriam cobras? Escorpiões? Aranhas? Leões? Não! Nenhuma dessas opções. O animal ou os animais mais mortais para os humanos são os mosquitos!

Mas como assim? Podemos ser picados e termos o sangue sugado até a morte? Vampiros invertebrados?

Apesar dos mosquitos fêmeas sugarem nosso sangue para a maturação dos seus ovos, eles são os animais mais mortais para os humanos por transmitirem, durante a hematofagia, vários microrganismos patogênicos como protozoários e vírus.

Falando em vírus, já faz parte da nossa rotina escutar sobre ‘o vírus da Dengue’, ‘Chikungunya’, ‘Zika’, ‘Febre Amarela’… Esses vírus são e foram responsáveis por diversas epidemias no nosso país. Causam quadros clínicos que variam de febre baixa a hemorrágica, dores nas articulações e até mesmo microcefalia em neonatos no caso do Zika vírus.

Todos esses vírus são transmitidos por mosquitos, mais especificamente por mosquitos do gênero Aedes, como o Aedes aegypti. Como mosquitos são artrópodes, ou seja, animais invertebrados com patas articuladas, esses vírus são conhecidos como arbovírus, abreviação para “vírus transmitidos por artrópodes”, ou do inglês: Arthropode-borne virus – arbovirus.

Mas calma aí? O que são vírus de fato? Vou explicar de forma simples, apesar dos vírus serem bastante complexos.

Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, precisam de uma célula hospedeira para se multiplicarem. Assim como todos os organismos vivos, os vírus possuem material genético que contém todas as informações que fazem um vírus ser um vírus. Geralmente, os vírus também possuem uma armadura feita de proteínas e ou um manto protetor chamado de envelope, que protege seu material genético e medeia a entrada e saída das partículas virais das células.

Fora do ambiente celular, entretanto, os vírus são partículas inertes, inanimadas. Já dentro de células permissivas, eles podem sequestrar a maquinaria metabólica celular, fazendo com que a célula trabalhe em prol da produção de mais vírus. Daí vem aquela discussão se o vírus é ser vivo ou não. Conceito que para mim não se aplica aos vírus.

Os arbovírus tem a capacidade de se replicarem tanto em células de animais vertebrados, como os humanos, como em células de animais invertebrados, como os mosquitos. É assim que os arbovírus conseguem circular em ambos os hospedeiros de forma tão eficiente.

Como todo mundo já sabe, ser infectado por arbovírus não é legal e quadros clínicos severos podem ocorrer. Assim, uma das principais maneiras que temos encontrado para combater a disseminação das arboviroses é através do controle das populações de mosquitos.

Nesse sentido, é importante que os cidadãos, como vem sendo veiculado nas campanhas governamentais, auxilie na erradicação de focos de larvas de mosquito, de acúmulo de água parada. Entretanto, mais medidas precisam ser adotadas e desenvolvidas para o controle das arboviroses.

Aqui no laboratório de virologia da Universidade de Brasília, nós pesquisamos, além de outras coisas, a interação molecular entre arbovírus e células de mosquitos. Uma vez que identificamos fatores presentes no mosquito que são necessários para a replicação viral, podemos pensar em maneiras de inibir tais interações, identificando assim, alvos para novos inseticidas, por exemplo. Além disso, caracterizamos arbovírus circulantes no Brasil para o desenvolvimento de novos insumos que são necessários para o diagnóstico preciso desses patógenos.

Renato O. Resende:

A Universidade de Brasília, destacadamente no Instituto de Biologia, possui diversos grupos de pesquisa envolvidos no estudo de microrganismos patogênicos ao homem. Como foi destacado, os arbovírus representam um problema importante de saúde pública. Nesse sentido, com o financiamento da FAP-DF e da UnB foi montado um projeto de pesquisa com objetivos práticos e claros, englobando três linhas principais. O primeiro subprojeto possui ações de pesquisa voltadas ao entendimento das relações arbovírus-vetor, com foco na aquisição e eficiência de transmissão de arbovírus. O segundo subprojeto atua em atividades de pesquisa voltadas para respostas celulares à infecção, respostas imunológicas. O terceiro subprojeto tem como foco a busca, o desenvolvimento e avaliação de drogas antivirais e contra insetos vetores. As linhas de pesquisa dos três subprojetos são complementares e inter-relacionadas, visando a produção de conhecimentos básicos e aplicados no combate às arboviroses e o seu vetor.

O desenvolvimento deste projeto possibilitou a produção de muitos resultados de ciência básica e/ou aplicada. Por exemplo, no subprojeto 1, algumas proteínas de mosquito foram identificadas e são potencialmente necessárias no processo de transmissão viral. Assim, são alvos potenciais para o desenvolvimento de estratégias para impedir o processo de transmissão de vírus pelo Aedes aegypti.

Na sequência, serão apresentados mais resultados obtidos pelo projeto.

Bom, como vocês puderam ver, o investimento em pesquisa é bastante importante para o desenvolvimento científico do Brasil no combate as epidemias virais. Como sociedade, vamos todos fazer a nossa parte e intensificar o interesse e o debate para popularização da ciência no nosso país.