O mercado publicitário da indústria do álcool é um dos mais rentáveis do mercado brasileiro, movimentando cerca de 1 bilhão de reais por ano. Porém, faz com que cada vez mais adolescentes busquem auxílio para se manterem longe da bebida.
Os aspectos nocivos do álcool incitam debates sobre a publicidade do setor. Mas apesar disso, inúmeras celebridades figuram em anúncios de bebida alcoólicas num mercado extremamente competitivo.
A publicidade de bebidas alcoólicas atinge principalmente os adolescentes, que são vulneráveis a essa influência das propagandas. Estudos afirmam que uma propaganda de cerveja aumenta em 11% o consumo de bebida entre os jovens. Um dos motivos talvez seja porque as propagandas de cerveja são subliminarmente associadas ao prazer, à conquista, ao pode fálico.
Já houve liminares que proibissem as propagandas de cerveja entre as 6h e às 21h, e pedidos a classe artística para avaliarem como ela coloca sua imagem, antes de endossar campanhas de bebidas.
Em entrevista ao jornal Meio e Mensagem, Marcel Sacco, diretor de marketing do Grupo Schincariol defende que “a publicidade permite apenas que o consumidor faça comparação entre as marcas, a propaganda não tem relação com a quantidade consumida por jovens, no máximo, a publicidade provoca a mudança de marcas, que só afeta pessoas mais velhas, com idade suficiente para beber” e afirma que o consumo dos jovens está ligado ao aumento de sua renda, “o consumidor com mais renda consome mais“, cita.
A ABAP (Associação Brasileira de Agências de Publicidade) veiculou no começo de 2008 um anúncio que compara uma possível proibição da publicidade de bebidas alcoólicas com a proibição de vendas de abridores de garrafas, citando que ambos não são responsáveis pelos aspectos negativos decorrentes do abuso de bebida alcoólica.